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O melhor leite para as crianças que não estão em aleitamento materno, de acordo com a OMS

A nova Diretriz da Organização Mundial de Saúde (OMS) para alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade foi lançada em outubro de 2023 e trouxe consigo sete recomendações valiosas para garantir a nutrição adequada.

No artigo anterior deste blog, discutimos a primeira recomendação, que destaca a importância do aleitamento materno até os 2 anos de idade ou mais. No entanto, sabemos que, por diversas razões, muitas mães não conseguem amamentar ou não mantêm a amamentação por muito tempo. Além disso, há crianças amamentadas que também recebem outros tipos de leite.

A segunda recomendação apresentada na Diretriz da OMS aborda a escolha do leite para crianças que não estão em aleitamento materno.

Recomendação 2: Leite para crianças não amamentadas com leite materno

É fundamental garantir que todas as crianças de 6 a 23 meses de idade recebam leite ou outra fonte de laticínios para atender às suas necessidades nutricionais específicas.

  • Bebês de 6 a 11 meses:

Nessa faixa etária, o leite animal desempenha um papel crucial, fornecendo nutrientes essenciais, como proteínas, cálcio, riboflavina, potássio, fósforo, magnésio e zinco. A proteína do leite estimula o fator de crescimento semelhante à insulina-1, o que é vital para o desenvolvimento ósseo e crescimento infantil.

A maioria das fórmulas infantis é derivada do leite de vaca, embora algumas sejam feitas com base em plantas. Elas são formuladas para se assemelharem nutricionalmente ao leite materno, embora não contenham suas propriedades imunológicas e não incluam todos os nutrientes encontrados no leite materno.

Uma revisão sistemática concluiu que, em comparação com a fórmula infantil, o leite de vaca para bebês de 6 a 11 meses pode aumentar o risco de anemia, diarreia e resultar em níveis mais baixos de ferritina sérica. Portanto, a OMS recomenda o uso de fórmulas infantis apropriadas para bebês nessa faixa etária.

  • Bebês de 12 a 23 meses:

A OMS reconhece que há alguma incerteza sobre os benefícios e malefícios do leite animal em comparação com as fórmulas de acompanhamento para crianças de 12 a 23 meses de idade. No entanto, conclui que o leite de vaca é mais adequado para essa faixa etária, pois não há diferenças significativas nos indicadores de desenvolvimento infantil, e seu custo é mais favorável.

Por que as recomendações são diferentes?

As diferentes recomendações para bebês de 6 a 11 meses em comparação com crianças de 12 a 23 meses refletem as diferentes necessidades nutricionais desses grupos, bem como as quantidades de alimentos que cada grupo é capaz de consumir.

Evidências sugerem que a fórmula infantil tem alguns benefícios em relação ao leite animal com respeito aos indicadores de ferro e vitamina D para crianças com menos de 1 ano. No entanto, à medida que as crianças no segundo ano de vida consomem mais alimentos, incluindo produtos lácteos, que fornecem mais nutrientes, o leite animal geralmente se torna uma alternativa adequada à fórmula de acompanhamento.

Portanto, saiba que para bebês de 6 a 11 meses a recomendação é a fórmula infantil e também podem consumir derivados do leite, como iogurte natural, queijos e o leite em pequena quantidade em algumas preparações (por exemplo no purê de batata), para aproveitar a janela imunológica e testar a alergia à proteína do leite de vaca. Já os bebês a partir de 1 ano podem consumir leite de vaca puro, além de seus derivados que devem fazer parte da sua rotina alimenta.

Leites desnatados, aromatizados ou adoçados não devem ser oferecidos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou uma Nota Especial comentando acerca das novas recomendações sobre alimentação complementar das crianças de 6 a 23 meses de idade da OMS, e alertou que a valorização excessiva do consumo de mamadeira na alimentação do lactente pelas famílias e profissionais de saúde pode determinar pior qualidade da diversidade da dieta, redução da frequência das refeições, consumo de energia excessivo, uso prolongado de mamadeiras e prejuízo na formação do hábito alimentar.

No próximo artigo, vamos explorar a terceira recomendação da nova Diretriz da OMS: Quando o bebê deve começar a comer alimentos complementares? Clique aqui para ler.

Referência:

WHO Guideline for complementary feeding of infants and young children 6–23 months of age

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